Bate, mas não exagera!

E lá já se vão 5 anos que vivo em terras lusas.
Algumas coisas mudaram desde que cheguei, inclusive eu e a minha percepção sobre política, sociedade, família e relacionamentos.

Continuo tendo minha predileção pela cozinha internacional, mas já me rendo a um bitoque de vez em quando, ou a um arroz de mariscos. Fico na dúvida se me acostumei ou se limpei o palato rs. Pela manhã já sinto uma vontadezinha de tomar um galão com pão, manteiga e queijo, tomo um café de vez em quando (ok, com nespresso é quase impossível resistir), já atendo o telemóvel dizendo “tô” em vez de “alô”, e incorporei no meu vocabulário muitos verbetes lusos, assim como a entonação ao falar “fogo, pá!”.

As pessoas com quem convivo dizem que falo com um sotaque super carioca e os amigos que deixei no Brasil, quando me ouvem, dizem que eu estou uma autêntica portuguesa. A sensação que dá é que não pertenço a lugar nenhum. E talvez essa sensação não esteja tão errada assim.

Vi hoje no facebook um post de uma amiga sobre uma lista criada por um americano, que viveu no Brasil, citando 20 motivos para odiar viver por lá. Esses assuntos mexem comigo porque eu detestei viver lá, mas tenho que confessar que dá pra tirar algo positivo da experiência. O blog que fez este post adicionou outros 20 motivos. Mas eu achei meio forçado esse complemento, então vou ater meus comentários aos 20 primeiros.

Ele começa a escrever dizendo: “É claro que estou generalizando e as excessões são abundantes, mas depois de viver por 3 anos no Brasil com a minha esposa brasileira, minhas observações são as que seguem:”.

Vou colar aqui as observações dele em inglês, e caso você não tenha um “à vontade” com a língua, não fique inibido! Usa o tradutor do google (que está cada vez melhor e tem interpretado algumas frases, em vez de apenas traduzir as palavras ao pé da letra).

1. Brazilians have no consideration for people outside their immediate circle, and are often just plain rude. For example, a neighbor who plays loud music all night; and even if you ask him politely to turn the volume down, he tells you to f**k off. And basic politeness? A simple “excuse me” when someone almost knocks you over on the street? Forget it.

Até as 22h, o som pode estourar. Depois disso, tem que baixar o som. Outra regra que existe é: você se dá bem com o seu vizinho? O cumprimenta diariamente ou ignora a sua existência. Se o cumprimenta, ele não ligaria a mínima para o som. Provavelmente, esse american guy deve ter ignorado o vizinho… E ouviu um fuck off quando pediu pra baixar a música. Eu já tive um vizinho maluco, no Flamengo, que esperou dar 22:01 para infernizar a minha vida e tocar lá em casa, esmurrar a porta, só porque ele queria dormir. Ok, ele ficava vendo TV e fazia altos barulhos durante a madrugada (morava no apartamento de cima) e não entendo como foi possível a única vez que eu estava ouvindo música nas alturas o ter incomodado tanto. Mas azar o dele. O som estava tão alto que só demos conta dele batendo à porta depois das 23h hehehehe

Em Portugal: dependendo do bairro que você mora e dos vizinhos (idade), eles iriam:

  • simplesmente ignorar o barulho
  • fazer escândalo na rua no dia seguinte, com direito a platéia
  • não iam ouvir pois algumas construções têm uma acústica maravilhosa

2. Brazilians are aggressive and opportunistic, and usually at someone else’s expense. It’s like a “survival instinct” in high gear, all the time. The best example is driving. If they see a way to pass you, they will, even if it means almost killing you, and even if they’re not in a hurry. So why do they do it? It’s just because they can, because they see the opportunity. They feel like they always need to take whatever they can, whenever they can, regardless of who is harmed as a result.

Com o trânsito que existe em algumas cidade e o nível de violência, é normal que se queira passar o mínimo de tempo possível “dando mole” nas ruas. Não que eu concorde com a atitude, mas é completamente compreensível. Não acho que seja um bom exemplo de agressividade e oportunismo. Acho que vemos mais isso no trabalho do que no trânsito, mas… em que lugar do mundo não existe um babaca que quer subir na empresa prejudicando alguém? 

Em Portugal: Era suposto ser o lugar mais calmo do mundo para dirigir. E até é, se não houver algo que saia do “normal”. Greve de transportes ou uma chuvinha mais intensa faz com que o trânsito fique mais complicado. E, peço desculpas aos meus amigos portugueses e a quem se sentir ofendido, mas… tenho que generalizar: portugueses não sabem se controlar no trânsito. Qualquer retenção que os obrigue a dirigir a 30km/h faz com que eles fiquem irritados e deixem de pensar e… crash! Acidente. Calma, na verdade não houve acidente. Um carro encostou no outro, que ficou com aquele “carimbo” da tinta do outro carro. Isso pára o trânsito e os faz perderem hoooooooras registando o “sinistro” (nada quebrou nem amassou) porque afinal, um carro encostou no outro. E trava todo o trânsito. Meu conselho pro americano: não conduza em Lisboa.

3. Brazilians have no respect for their environment. They dump big loads of trash anywhere and everywhere, and the littering is unbelievable. The streets are really dirty. The natural resources, abundant as they are, are being squandered at an amazing rate with little or no recourse.

A mais pura verdade. Quando estive lá ano passado senti um choque tremendo quando olhei para as ruas e só via lixo, lixo lixo. Como se joga lixo no chão! Destroem as lixeiras e põe lixo no chão. Uma verdadeira pena.

Em Portugal: amo a limpeza e conservação da rua. E o povo tem essa consciência. Lugar de lixo é na lixeira.

4. Brazilians tolerate an amazing amount of corruption in both business and government. While all governments have corrupt officials, it’s more obvious and rampant in Brazil than most countries, and yet the population keeps re-electing the same people.

Nada a acrescentar. Quem diz a verdade não merece castigo.

Em Portugal: A corrupção é mais light, mas há. E atualmente há um governo tão sem tomates que nem vale a pena falar de corrupção. Vamos esperar a crise acabar para tocar nesse assunto, ok?

5. Brazilian women are overly obsessed with their bodies and very critical of (and competitive with) each other.

Vou dizer o quê? É verdade! 

Em Portugal: a maioria das mulheres portuguesas são obcecadas pela magreza excessiva, e vivem de dieta, mesmo estando magras. E são completamente depressivas e pouco auto-confiantes.

6. Brazilians, especially men, are highly prone to extramarital affairs. Unless the man never leaves the house, odds are he has a mistress.

Onde trabalhei no Brasil vi situações de homens infiéis, mas vi mais casos de mulheres pulando a cerca que homens. Vi também casos de homens que estão casados há bastante tempo com suas esposas e vivendo felizes. Bem felizes, na verdade.

Em Portugal: Não se fala no assunto. Nunca. Na verdade nem sabemos se as pessoas têm um relacionamento, porque elas falam tão pouco das suas vidas que marido e mulher podem trabalhar no mesmo departamento e seus colegas de trabalho nunca irão desconfiar.

7. Brazilians are very expressive of their negative opinions of others, with complete disregard about possibly hurting someone’s feelings.

Isso é um pouco de falta de “se-mancol” e por que não um pouco de falta de educação também? Mas não é sempre. Às vezes há apenas o silêncio, e esse vale mais que mil palavras… Vai depender do nível de sensibilidade de quem tá ouvindo…

Em Portugal: Só dividem opiniões quando confiam na pessoa que está ouvindo. A maioria das vezes o comentário é nada além de um “pois…”

8. Brazilians, especially people who perform services, are usually unreliable, lazy and almost always late.

Sim. Experimenta cancelar uma linha de telefone. Combina uma reunião com alguém. É complicado…

Em Portugal: vai depender. Na maioria das vezes as pessoas estão bem dispostas e educadas. O problema é que educação não é sinónimo de simpatia. A pontualidade é mais acertadinha… O atraso técnico é de 5 minutos, mas até 15 ninguém fica chateado. E sobre a preguiça… não acho que o problema seja preguiça, mas sim de medo de fazer e dar m* para o seu lado… Ainda mais agora com a crise, em que todos estão com medo de perder o emprego. São poucos os que se responsabilizam por algo e se sentem seguros fazendo isso.

9. Brazilians have a very prominent class system. The rich have a sense of entitlement that is beyond a caricature. They think the rules do not apply to them, that they are above the system, and are very arrogant and inconsiderate, especially with each other. The poor, meanwhile, are paid so little that they never have an opportunity to lift themselves out of poverty and therefore often turn to crime or simply become lazy and indignant regarding their jobs because they see no hope for the future and no point in trying to do a good job.

Nem mais. Conheci uma brasileira, aqui em Lisboa, através de um parente do meu marido, e ela se achava acima do bem e do mal porque comprava as pessoas. Num episódio com o golden retriever que ela levava para o Brasil (com uma escala aqui em Lisboa, porque ela vinha da Espanha), faltava um documento emitido pelo Brasil atestando a aceitação do cão lá em terra brasilis. Ela perguntou: “quem eu tenho que pagar aqui pra liberar o meu cachorro?”. Outros brasileiros que viram a situação tentaram ajudar, mas ela foi tão arrogante com todo mundo que mandaram ela pra um canto e deixaram ela resolver sozinha (ela e seu poderio econômico).

Sobre os pobres, não é exatamente assim. Esse cara conheceu os pobres errados…

Em Portugal: O cachorro não embarcou.

10. Brazilians constantly interrupt and talk over each other. Trying to have a conversation is like a competition to be heard, a shouting match.

É… eu sofro “de” e “com” isso. Mas sei lá, deve ser carência, necessidade de se expressar, ou reflexo de se sentir a vontade com o que está sendo falado e querer contar sua experiência ou dar a sua opinião. Não acho isso uma super falta de educação.

Em Portugal: ou é um monólogo ou você deu sorte de ter alguém para conversar. Se for uma discussão (por exemplo, num help desk, e um cliente quer reclamar e reclamar, ele vai ser super grosso e educado dizendo “agora é a minha vez de falar, cala-te por um instante e oiça”. Detesto isso…

11. Brazilian police are essentially non-existent when it comes to enforcing laws to protect the population, such as enforcing traffic laws, finding and arresting thieves, etc. Laws exist, but no one enforces them, the judicial system is a joke and there is usually no recourse for the citizen who is robbed, cheated or otherwise harmed. People live in fear and build walls around their houses or pay high fees to live in gated communities.

True history. Fazer o quê? É verdade!!
Engraçado ele achar estranho construir muros em volta das casas. Eu acho o máximo as casas sem muro nos EUA. Mostra como as realidades são diferentes. O normal pra ele é o diferente pra mim.

Em Portugal: Amo a calma e a tranquilidade e me sinto bem perto de um policial. Eles são simpáticos e não têm como objetivo ameaçar o cidadão de bem. Estão ali pra fazer o trabalho deles e garantir a segurança e ordem nas ruas. Sim, aqui há muros, mas nem em todas as casa. Mas são muros baixos 🙂

12. Brazilians make everything inconvenient and difficult. Nothing is streamlined or designed with the customer’s convenience in mind, and Brazilians have a high tolerance for astounding levels of unnecessary and redundant bureaucracy. 

Explica aí, Porchat! 

Em Portugal: depende. Eu tenho boas experiências no atendimento ao cliente, mas também já tive más experiências (algumas pelo simples fato de ser estrangeira). Se colocar numa balança, o resultado é positivo, e isso é um excelente sinal.

13. Brazilians tolerate such high taxes and import duties that make everything, especially home products, electronics and cars, unbelievably expensive. And for business owners, following the rules and paying all your taxes makes it almost impossible to be profitable. As a result, corruption and bribes in business and government are commonplace. The bureaucracy, laws and high taxes exist to provide the opportunity for the corrupt to facilitate “working around” the system. Meanwhile the consumer is forced to bear an extraordinarily high cost of living, thereby exacerbating poverty.

De novo: True history. Quem fala a verdade não merece castigo.

Em Portugal: sobre os impostos, é melhor não tocar no assunto neste momento de crise. Mas no geral, não tenho reclamações. Os produtos são bem mais acessíveis e as coisas aqui funcionam melhor do que eu esperava. Perfeito? Ainda não.

14. It’s hot as hell 9 months out of the year, and central heating/cooling doesn’t exist here because the houses are not constructed to be airtight or insulated or include air ducts. So you either suffer for 9 months or confine yourself to a small room with a wall a/c unit. And in the 3 months where it actually gets “cold,” you freeze at night.

Amigo, se você esteve no Rio, esses 3 meses resumem-se a 3 dias. Em épocas de inverno rigoroso seriam 3 semanas. Mas concordo contigo. Ar condicionado deveria ser item obrigatório, de série em carros. As casas deveriam ser projetadas considerando estas temperaturas elevadíssimas. Mas… fazer o quê, né? Praia e cerveja quebra o galho da massa.

Em Portugal: Não dê o azar de morar numa casa com azulejos nos cômodos sem hidráulica. Sala, quarto e corredor não foram feitos para ter azulejo. No inverno potencializa o frio e você gasta mais e mais com aquecimento. Fora isso, sem reclamações para o frio. Já o calor… ninguém aqui sente calor, usam casaco até quando o céu está azul e o termómetro bate os 30ºC. E algumas casas não têm preparo para um ar condicionado. Atenção: o verão aqui é cruel. Mesmo.

15. The food may be fresher, less processed and generally healthier than American or European food, but it is bland, repetitive and very inconvenient. Processed, frozen or ready-made foods in the supermarket are few, expensive and generally terrible. Most foods are made from scratch and if you can’t afford a maid to do it for you, you’ll spend a lot of time in the kitchen. Restaurants abound but there are few convenient options, as Brazilians favor sit-down meals and there are almost no drive-thrus except crappy fast food.

Camarada, muda de restaurante. E congelado faz mal pra saúde. Mas sim, os congelados do Brasil são uma grande porcaria. Nota: Não coma lasanha congelada de queijo e presunto.

Em Portugal: difícil falar sobre culinária de forma tão sucinta. Vou aprofundar este tópico no futuro. Mas… resumindo: depende.

16. Brazilians are super social and rarely spend any time alone, especially meals and weekends. This is not necessarily a bad quality but personally I hate it because I enjoy my space and privacy, but the cultural expectation is that you will attend (or worse, invite) friends and family to every single meal and you are criticized for not behaving “normally” if you choose to be alone.

Verdade. Mas é cultural. É como dizer para um japonês não comer arroz. 

Em Portugal: nas refeições, só família. Aqui não se misturam família e amigos. E é super normal alguém querer ficar sozinho, mesmo que seja por vários dias consecutivos.

17. Brazilians stay very close, emotionally and geographically, to their families of origin their whole lives. Like #16, this is not necessarily a bad quality but personally I hate it because it makes me uncomfortable and affects my marriage. Brazilian adults never “cut the cord” emotionally and their family of origin (especially their mothers) continue to be involved in their daily lives, problems, decisions, activities, etc. As you can imagine, this is extra difficult for a spouse from another culture where we generally live in nuclear families and have a different dynamic with our families of origin. 

Uma das coisas que eu “me livrei” vindo pra cá. Amo meus pais, mas enquanto lá vivia, todo fim de semana eles definiam os meus programas, mesmo sem saber se era isso que eu queria fazer. Normalmente incluía almoçar lá com eles. Era uma necessidade tão grande de ter a gente perto que hoje eu me sinto até aliviada de poder escolher o que nós queremos fazer. E ainda assim meus pais participam de tudo, via Skype. 

Em Portugal: a família geralmente fica na terriola e os jovens vão estudar para Lisboa, Aveiro ou Coimbra. Às vezes voltam para a terriola, principalmente nas datas festivas. Sobre o relacionamento com a família… uma das coisas que mais me incomoda aqui são “as minhas cenas”. A vida de cada um tem tantos segredos que ninguém partilha com ninguém, nem com os amigos mais íntimos ou com a própria família. Um português que se abre é a coisa mais rara. E acho que é por isso que a maioria sofre de depressão…

18. Electricity and internet service are completely unreliable. 

Haha hahahaha hahahahaha

Em Portugal: não sei o que é uma apagão e a minha internet é fibra com 100mbps. Tá bom?

19. Water safety is questionable. Brazilians drink it without dying, sure, but based on the total lack of enforcement of other laws and abundance of corruption, I don’t trust the government that says it’s totally safe and won’t hurt you in the long term. 

Nunca bebi água da bica sem ser filtrada antes. E o governo não diz que é totalmente seguro. Eles não iam dar um tiro no pé tão descarado…

Em Portugal: pode beber à vontade.

20. And finally, Brazilians only have 1 kind of beer (a watery pilsner) and it really sucks, and of course, imported beers are expensive.

Sucks? E a Bud não? Aguada até dizer chega! Ok, vocês têm muito mais variedades de cerveja nos EUA, mas por favor… não beba Kaiser, Malt 90, Cintra e Bavária. Fica com Bohemia, Skol e Itaipava, ok? Ah! Chopp é Brahma e cerveja de garrafa é a Antártica Original, ok? Estupidamente gelada, please!!!! 

Em Portugal: Super Bock é mais forte, a Sagres é mais levezinha. Eu prefiro as encorpadas, então sempre opto pela Super Bock Classic ou pela Sagres Bohemia. São muito boas. Mas uma estrangeira sempre cai bem! Sou mulher de cerveja, então se quiser uma opinião: Duvel, Grolsch, Erdinger Weiss e Voll Damm. Se gostar de leve, Tsing Tao, Peroni, Carlsberg, Stella Artois.

Conclusão disso tudo: eu não suporto muitas das coisas do Brasil, e desgosto de algumas daqui. Será que existe um lugar que é a minha cara? Sou exigente demais? Não sei. Mas acho que qualquer indivíduo tem que ter acesso a educação, cultura, lazer e gastronomia, tudo de qualidade. Portugal peca um bocado nesses 4 quesitos. O Brasil tira nota 10 em lazer e gastronomia, mas educação e lazer fica a desejar (ressaltando: acessível para TODOS).

Continuo a minha busca do lugar ideal. Será que existe o paraíso na terra? Será? Será?

3 opiniões sobre “Bate, mas não exagera!”

  1. sinceramente acho que vc deve viver em um portugal diferente do que eu vivo….pois parece um paraiso e quando sabe que a verdade é outra,prefere dizer que nesse momento de crise é melhor não comentar….

    1. Ola, Ana.
      Acredito que voce nao tenha lido o post ate o final, nem mesmo a frase que eu digo que prefiro deixar isso para outro post.
      A crise existe sim, mas a nao ser que voce seja funcionaria publica, reformada ou viva as custas de subsidios do governo, sabe que na verdade a coisa nao esta tao feia como alguns portugueses gostam de dizer.

      Vim dum pais em crise, cresci numa realidade em que os preços aumentavam 3 a 4 vezes no mesmo dia. E eu estava na capital do Rio de Janeiro.

      Garanto pra você: sim, Portugal é maravilhoso e não é uma crise temporária que irá mudar isso. A força e fé das pessoas é a prova de que o fim da crise está por perto.

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